Mitologia grega
No começo de tudo, era o caos.

O CAOS
Desde sempre, existente e de complicada definição, nele, tudo era confuso, indefinido…
Pense no dia e na noite, no doce e no salgado… inexistentes, pois não perceptíveis.
Por quê?
Porque, na Era Cósmica, tudo era o Caos.
O caos é indefinido, sua origem não é identificada, posto que está no princípio de tudo em toda a eternidade.

GAIA
Não se sabe quando o Caos gerou Gaia.
Gaia é a primeira não abstração: contém oceanos, rios, lagos, montanhas, planícies, vales e muito mais.
Ela – a mãe natureza – gerou Urano, o céu.
Concomitante a esse processo, o universo se fez em três partes:
- o lar dos deuses,
- onde vivem os seres humanos e
- o subterrâneo ou o recanto da morte e das divindades que lá irão habitar.
OS TITÃS
Num tempo que não sei determinar, Gaia e Urano geraram os titãs.
Urano receava perder seu poder para algum de seus filhos e esse medo o levou a aprisionar todos os filhos e filhas que gerou no interior de Gaia.
Gaia não aceitou tal atitude e, em algum tempo, conseguiu pensar uma estratégia para pôr fim ao poder de Urano.
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De uma parte de si, ela fez uma foice e chamou a prole para dar ciência de seus intentos.
Cronos, o mais novo, aceitou o desafio e Gaia o escondeu próximo de onde Urano a costumava procurar para gerar novos filhos.
Escondido e tendo a foice nas mãos, Cronos aguardou a chegada de Urano.
Quando Urano encontrou Gaia, Cronos o atacou e decepou seu órgão genital, que caiu no mar.
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Urano gritou de dor e raiva e seguiu para o andar de cima do universo; porém, antes de seguir para lá, rogou uma praga para Cronos:
“___ Um dia, um de seus filhos também irá tomar o seu lugar”.
Da parte superior do universo, Urano, até hoje, nunca saiu.
De dentro de Gaia, seus filhos e filhas saíram livres.
A ERA DE OURO
Uma nova era teve início: a Era de Ouro.
Cronos reinou nessa Era como o líder dos Titãs e se casou com sua irmã Réia.
A união dos dois deu origem a Héstia, Deméter, Hera, Hades, Poseidon e Zeus.
Todos engolidos por Cronos quando nasceram.
Cronos achou ter evitado a maldição de Urano.
Réia sofreu.
Em algum tempo, após sua união com Cronos, Réia não suportou mais sua dor e buscou ajuda e consolo em Gaia.
Gaia, sensibilizada, orientou Réia para uma ação no dia do nascimento de Zeus.
Réia achou um bom plano e agiu como orientada.
No dia que Zeus nasceu, Réia o escondeu em Creta e enrolou uma pedra na manta do bebê.
Cronos pediu pelo recém-nascido e recebeu a pedra. Então, sem nem olhar, Cronos engoliu o que achou ser o nenê.
E Zeus?
Este cresceu forte e ficou sabendo que o seu destino era destronar Cronos.
Quando estava adulto e bem forte, a ninfa Métis o disfarçou de mordomo de Cronos e Réia lhe deu uma poção com poder de provocar uma grande dor de barriga e muito enjoo.
Zeus misturou a poção em uma taça de néctar e serviu a Cronos que bebeu tudo de um gole só.
Passou algum tempo e Cronos sentiu dor no ventre e, na sequência, também, começou a vomitar seus filhos e filhas, inclusive, a pedra que engoliu no lugar de Zeus.
Reunidos, os filhos e as filhas de Réia e Cronos, escolheram Zeus como o grande líder.

TITANOMAQUIA
Cronos reuniu os Titãs e partiu para a guerra contra Zeus. Foi a Titanomaquia.
A força formada pela prole de Réia venceu a de Cronos. Os Titãs seguiram, contra a vontade, para o Tártaro.
Teve início a Era de Prata ou a Era de Bronze.
Zeus passou a dominar o céu, Hades, o submundo e Poseidon, os oceanos.
Todas as divindades dominavam o Olimpo e a Terra, mas Zeus era o rei de tudo e de todos.
Notas e referências:
- A Era de Prata foi sucedida pela Era dos heróis ou de Bronze, a qual deu lugar a Era de Ferro.
- ALEXANDER, Heather. Mitologia Grega. Uma introdução para Crianças. Panda Books, 2013
- BARTHES, Roland. Mitologias. Trad. Rita Buongermino e Pedro de Souza. 10. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1999.
- BRANDÃO, Junito de Souza. Mitologia Grega, v. I. Petrópolis: Vozes, 2009
- BULFINCH, T. O livro de ouro da mitologia: histórias de deuses e heróis. 34. ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 2006
- COMMELIN, P. Mitologia grega e romana. São Paulo: Martins Fontes, 2011.
- ELIADE, Mircea. Mito e Realidade. Trad. Pola Civelli. São Paulo: Ed. Perspectiva, 1989. p.11
- GRIMAL, P. A mitologia grega. 3. ed. São Paulo: Brasiliense, 1985.
- Vemant, Jean-Pierre, Mito c religião na Grécia antiga / Jean-Pierre Vemant; tradução Joana Angélica D’ Ávila Melo. – São Paulo: WMF Martins Fontes, 2006.
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